HORA DA LEITURA

O CARAMELO AZUL

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Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

sábado, 19 de setembro de 2009

O CARA, O DIABO E A MULHER

Bem-feito,
Azar o seu.
Isso é problema meu
E não te interessa

É isso mesmo,
Pra que quer saber?
Olha lá...
Não começa.

Me deixa quieto, não me aborrece
Se adianta, vai, sai fora
Fecha essa porta, eu já disse:
Que chatice, porra, vai embora.

Já chega de cretinice
Tô de saco cheio dessa estupidez
Ontem foi por causa da Bia
Hoje é por causa da Inês

Amanhã vai se a vizinha
É, aquela gostosa, do segundo andar...
Até que ela é uma gracinha.
Fala sério, o que é que há?

Vai dizer que você não queria
Aquele par de pernas pro ar?
E se ela chegasse aqui, sozinha
E te convidasse pra trepar?

Vai dizer que dispensava?
Não... sou casado... qual é?
Que papo é esse, maluco?
Pirou, virou mané?

Ou tá pensando que ela não saca
Que tu tá matando cachorro a grito
Desde que a tua mulher
Te trocou por aquele bonito?

Sai fora de mim, Satanás!
Vai apoquentar quem te mandou
Eu sou feliz como sou
Dodora ficou pra trás

Eu sei que você não me manda
Que não tem poder algum sobre mim
Nem olhe para aquela varanda
Porque a banda não toca assim

Meu beeemmm... você está pronto?
A gente vai se atrasar pro jantar
E eu não vou inventar desculpas.
O que houve? Parece tonto.

Nada não, meu amor, nada demais
Sabe, é muito bom ter você a meu lado
Que isso, Marcelão, tá maluco?
26 anos depois? Tá ligado?

São 26 anos sem nexo
Sem drogas, sem rock'n'roll
Hoje, me sobram complexos
Ninguém mais quer ver meu show

Só tenho fome e carências...
Meus sucessos viraram quiz
Minhas coxas parecem pernis
Que ninguém mais quer comer

Só tenho carências, mais nada.
E você aí, com essa mala:
O que tem mais a me dizer?
Fala, fala...

Fui.

Não, por favor, não vá
Eu te imploro, eu te suplico,
Eu te adoro, eu abdico
Da minha carreira de 'star'

Eu prometo te servir como uma escrava
Fazer o que jamais pensou
Vou te dar tudo que te neguei
O sexo, as drogas e o rock'n'roll.

Mas não se vá,
Fique, espere, me ouça...
E quando terminar de lavar a louça
Arrume a sala de jantar

Passe o aspirador no quarto

Troque a água do passarinho
Ponha a roupa na máquina
Enquanto eu descanso um pouquinho

Depois, quando eu despertar

Me embale no colo, me pegue, hummmm...
Sim... depois te levo pra varanda
E peço ao diabo que te carregue.

Isso, amor, vai... pede isso a ele, vai...
Mas peça que ele leve junto
Aquela vagabunda do segundo andar
Ou você pensa que me engana?

Ah, Ah... eu bem vi vocês dois, lá, seu sacana
Assim, ó... assim, ó...
Pra lá e pra cá, pra lá e pra cá
Como se os dois fossem um só.

E aí... gostosão:

Foi bom pra vocês?

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